Infecção causada pela variante delta avança e passa a predominar no estado, diz Lacen

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Dentre as últimas 30 amostra sequenciadas pelo estado, 24 casos eram da delta ou de suas mutações. Delta avança pelo Tocantins; variante é considerada a mais transmissível
A variante delta do coronavírus está avançando no Tocantins, segundo o que mostram os dados do sequenciamento genético realizado pela Universidade Federal do Tocantins (UFT) em parceria com o Laboratório Central do Tocantins (Lacen). Desde o início das análises foram encontradas 29 amostras no estado.
“Nós sequenciamos mais de 322 amostras, das quais 29 nós tivemos o diagnóstico, a identificação da variante delta”, explicou a diretora do Lacen, Jucimaria Dantas.
O rápido avanço é uma preocupação. No Tocantins a delta foi confirmada pela primeira vez em 17 de agosto, quando foi identificada em um paciente atendido na capital. No último sequenciamento, dentre 30 amostra analisadas, foram encontrados 24 casos da delta ou de suas mutações.
“Nós estamos acompanhando todo o cenário epidemiológico nacional e vemos isto sendo descrito. O Tocantins vem apresentando uma maior prevalência da variante delta, dentre as que estão sendo sequenciadas”, explicou.
Os casos estão presentes em pelo menos outras seis cidades além de Palmas. “O vírus, na verdade, surpreendeu. A gente imaginava que com o tempo você ia ter variantes menos patogênicas e não foi isso que aconteceu, por exemplo, a gama. Olha o que ela fez com o Brasil, estourou e pessoas morrendo por falta de oxigênio. Um cenário muito complicado”, explicou o Fabrício Campos, pesquisador da UFT.
A variante foi inicialmente identificada na índia. Ela tem uma mutação na chamada proteína spike, na coroa do vírus. Com isso penetra mais na célula e se replica mais, o que a deixa mais contagiosa. “Por erros na própria duplicação do vírus é que nós podemos ficar mais fragilizados ainda com a Covid-19”, explica a neurologista Lorena Bochenek.
A vacinação também está avançando e por isso os números da pandemia seguem em queda, mas como o vírus replica muito rápido e só pouco mais de 30% dos tocantinenses estão com a imunização completa, as medidas de segurança ainda precisam ser mantidas.
Estrutura do coronavírus tem formato de coroa
Radoslav Zilinsky/Getty Images/Arquivo
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Fonte: G1 Tocantins